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Written by:
admindico
10/07/2020 17:46
Durante o período de isolamento, o CRE Mario Covas, por meio do NUMAH, indica conteúdos e entrevistas para inspirar a escrita do diário.
A proposta do CREMC, por intermédio do Núcleo de Memória e Acervo Histórico, “Diários Construindo Memórias: Educadores em tempos de pandemia”, pretende estimular a escrita de registros das vivências de educadores sobre o período de pandemia da Covid-19.
Neste último mês, vimos o mundo explodir em manifestações contra o preconceito que está enraizado na sociedade. Mesmo com os pedidos da Organização Mundial da Saúde e dos governantes locais, para que se evitassem aglomerações, milhões de pessoas saíram às ruas.
Essas manifestações trouxeram à tona uma questão que muito está presente em uma grande parte da sociedade que vive o racismo diariamente, principalmente por causa da sua cor de pele.
O isolamento social nos desperta diversas sensações, e como nós estamos vivenciando tudo isso?
Para a nossa reflexão e como forma de inserir tais percepções nos diários, vamos apresentar trechos de três entrevistas com pessoas que sentiram na “pele” o racismo e o preconceito. As três passaram pela Escola Caetano de Campos e concederam entrevista para o NUMAH no Programa Memória Oral.
Augusto Cruz trabalhou na Escola Caetano de Campos entre 1964 e 1977, no prédio da Praça da República; e de 1978 até 2010, quando era no prédio da Praça Roosevelt. Assista aqui à entrevista, feita pela equipe NUMAH, para o programa Memória Oral, no dia 07/12/2010.
Na entrevista com o ator e professor Eduardo Silva, para o programa Memória Oral, gravada em 2010, ele narra alguns aspectos sobre a sua época de estudante na Escola Caetano de Campos e a importância que a professora Clarinda, de Biologia, teve na sua formação. Relembra o preconceito que sofreu ao entrar na Escola Caetano de Campos, em 1971, e apresenta o que pensa a respeito das cotas para negros nas universidades. Assista aqui!
Eduardo Silva, no artigo “Ela punha o coração na mesa quando dava aula”, identifica-se assim: “sou ator, mas também biólogo e educador” (NOVA ESCOLA, edição 125, set. 1999).
A Caetanista Edenilce Hortencia Jorge Elliott, Supervisora de Ensino da Rede Estadual Paulista, afrodescendente, passou entre os anos 1960 e
1971 do Jardim da Infância até a formatura no Colegial. Na entrevista concedida para o NUMAH em 01/09/2017, para o programa Memória Oral, Edenilce destaca a importância de sua família na vida escolar e na integridade humana, inclusive para superar os preconceitos. Ela reconhece que professores marcaram suas decisões, pois indicavam o seu potencial. Edel, como passou a ser chamada na escola pelas amigas que estão presentes em sua vida após o período escolar, narra momentos em aulas e do cotidiano escolar que demonstram dignidade e integridade.
Cinco clipes foram produzidos (Escola Pública e Família; Escola: O Auditório da Vida; Professores que fizeram diferença; Escola: Forma e Reforma; Família, Escola e Resistência). Confira!
Mais trechos das entrevistas, com a temática do preconceito racial, estão nos arquivos abaixo:
Para compartilhar experiências com diários ou sugestões, entre em contato conosco: nucleodememoriacre@educacao.sp.gov.br.